“Eu entendo que nos grandes ciclos eleitorais, quando temos que disputar grandes batalhas, as pessoas que têm maiores responsabilidades políticas devem ser as primeiras a dar a cara, da base ao topo”, afirmou à Lusa.
Nuno Melo, que foi candidato único na distrital do CDS-PP de Braga, a votos no sábado, regressa assim à liderança da estrutura a que já presidiu entre 2000 e 2011 e que deixou quando foi deliberada a limitação de mandatos dos órgãos executivos no partido, situação pela qual o atual presidente Altino Bessa deixa agora o cargo.
“Braga é um distrito onde o CDS sempre teve uma grande representação eleitoral, elegemos sempre deputados na Assembleia da República, temos uma grande reserva de votos no distrito de Braga. Entendi que fazia todo o sentido voltar a ser presidente da distrital de Braga e candidatei-me a um projeto de grande unidade, porque não houve sequer listas opositoras”, explicou.
Com uma candidatura que disse ser “unificadora”, ao reunir representantes dos 14 concelhos do distrito de Braga, Melo assumiu estar preparado para “esses dois desafios que serão os próximos, europeias e legislativas”.
Para o eurodeputado, “Bruxelas não significa afastamento, pelo contrário, significa proximidade, tanta como a de qualquer deputado da Assembleia da República”, destacando ter a “vantagem” de poder levar para Braga “a experiência e a visibilidade” do cargo, à qual junta o facto de conhecer “muitíssimo bem” o distrito.
“Eu entendo que quanto mais longe e mais alto se desempenham funções num partido, mais temos que ter a preocupação de estar na base, junto das estruturas que dão essência a esse partido e eficácia”, sublinhou, lembrando que é “na base onde tudo nasce e onde os votos se conquistam”.
Nuno Melo, que é também presidente da Assembleia Municipal de Famalicão (no mesmo distrito), indicou, por isso, que voltar à distrital de Braga — que é “um dos principais distritos eleitorais do CDS, nos quais o CDS deve investir” — é “um passo natural”.
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