De acordo com o alinhamento indicativo disponibilizado no 'site' do PAN, após a credenciação dos delegados será votado o regulamento do congresso e será eleita a mesa que vai conduzir os trabalhos desta reunião magna.

Às 12:00, o ainda porta-voz, André Silva, faz a sessão de abertura, estando previsto também um discurso por parte de Manuela Gonzaga, mandatária da lista à Comissão Política Nacional encabeçada por Inês Sousa Real.

Em março, André Silva (líder desde 2014) anunciou que após o congresso vai deixar as funções executivas no partido e o lugar de deputado, invocando motivos pessoais e a defesa do princípio da limitação de mandatos.

Ainda durante a manhã, está prevista a discussão e votação das cinco propostas de alteração aos estatutos: "Aprofundar as dimensões ética e democrática do PAN", cujo primeiro subscritor é Luís Humberto Teixeira, "Por um Comissão Política Nacional mais inclusiva e igualitária (Carolina Almeida), "As causas primeiro", de Inês Sousa Real, e as propostas de estatutos do PAN Açores e do PAN Madeira (cujos primeiros subscritores são os porta-vozes das duas estruturas regionais, Pedro Neves e Joaquim de Sousa, respetivamente).

Já após o almoço, vai ser apresentada e discutida a moção global de estratégia "As causas primeiro", bem como a única lista à Comissão Política Nacional, encabeçada pela atual líder parlamentar do PAN e candidata a porta-voz, Inês Sousa Real.

No documento estratégico, os candidatos defendem que o PAN deve assumir-se como "o partido ambientalista português" e dizem querer uma “robusta reorganização interna” do Pessoas-Animais-Natureza.

Na lista encabeçada por Inês Sousa Real (que recupera de uma queda mas indicou que estará presente nos trabalhos do congresso), há 11 nomes novos e são reconduzidos 16 dos 27 membros efetivos, entre eles a deputada à Assembleia da República Bebiana Cunha, que surge em segundo lugar.

Em terceiro candidata-se Pedro Neves, deputado eleito à Assembleia Regional dos Açores, e em quarto Nelson Silva, deputado do PAN na Assembleia Municipal de Odivelas, que vai integrar o grupo parlamentar na Assembleia da República a partir de junho, com a saída do atual porta-voz e deputado André Silva.

O resto da tarde será dedicado à discussão e votação das 25 moções sectoriais, que se debruçam sobre temas como o combate à corrupção, a simplificação da adoção de animais de pecuária, a esterilização abrangente dos animais de companhia, o resgate de animais ao abandono, os estágios não reumunerados de longa duração, as fraldas descartáveis, a alimentação vegetal dos animais de companhia, o ensino ou as relações internacionais, e os trabalhos devem terminar pelas 18:00.

Sob o mote “Semear o futuro, 10 anos a fazer avançar a mudança”, o congresso vai estar reunido no fim de semana e dele sairá uma nova Comissão Política Nacional (órgão máximo de direção política entre congressos) e uma nova porta-voz do partido, sendo Inês Sousa Real candidata única.

São esperados 134 delegados no VIII Congresso do PAN, que decorre no Hotel dos Templários, em Tomar (distrito de Santarém) e é o primeiro em que os trabalhos serão totalmente abertos à comunicação social.

De acordo com o partido, a sala onde decorrerão os trabalhos no sábado e no domingo tem capacidade para 600 pessoas, mas só poderão estar 189, e vão também ser adotadas “todas as medidas de segurança generalizadas relativamente à etiqueta respiratória e à higienização das mãos, o distanciamento físico e o uso obrigatório de máscara”.

Os trabalhos serão também transmitidos nas contas oficiais do PAN nas plataformas digitais Facebook, Twitter e YouTube.