A soprano, cuja saúde estava fragilizada há vários anos, encontrava-se internada desde o mês passado.

Montserrat Caballé atuou várias vezes em Portugal, nomeadamente em 1960 no Teatro de S. Carlos, em Lisboa, integrando o elenco de "Don Giovanni", de Mozart, sob a direção de Michael Gilen, e em 1972 no papel de "Norma" na ópera homónima de Bellini, sob a direção de Nicola Rescigno.

Natural de Barcelona, a cantora lírica estreou-se oficialmente no palco da cidade condal na ópera “Arabella”, de Richard Strauss, a 7 de janeiro de 1962.

Anteriormente tinha pisado este mesmo palco no dia 13 de abril de 1953, pouco depois de terminar os estudos no conservatório local.

Antes da estreia oficial no Gran Liceu, a mais internacional soprano espanhola tinha já atuado em vários teatros da Europa, nomeadamente no Scala de Milão, na Ópera Garnier em Paris e no Convent Garden, em Londres.

A cantora lírica foi distinguida em 1966 com a Medalha del Liceu. Dois anos depois foi considerada, em Nova Iorque, a melhor cantora lírica do mundo.

Em 1991 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes, em ex-aequo com Victoria de Los Ángeles, Pilar Lorengar, Teresa Berganza, Alfredo Kraus, Plácido Domingo e José Carreras.

Uma das incursões de Montserrat Caballé no universo da música pop rock aconteceu em 1988, quando gravou com Freddy Mercury, dos Queen, o álbum “Barcelona”, do qual fazia parte o tema homónimo, que acabou por ser tornar o tema oficial dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.

O funeral da artista, uma figura internacional da ópera, vai acontecer na segunda-feira, às 12:00, no cemitério de Barcelona.