À saída da segunda reunião com a equipa do Ministério das Finanças sobre as medidas que irão constar na proposta do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) para a administração pública, a dirigente da Frente Comum Ana Avoila disse que o Governo apenas avançou com um “conjunto de intenções” e “nada em concreto”.
“Não houve qualquer garantia [de aumentos salariais], mas apenas um compromisso à partida, usando a expressão da secretária de Estado [Fátima Fonseca], de que para a semana envia uma proposta com o que vai constar no OE2019 sobre as matérias pecuniárias”, afirmou Ana Avoila.
Segundo adiantou, no encontro de hoje não ficou marcada uma nova reunião, mas foi dada a garantia de que o próximo encontro acontecerá "antes de 5 de outubro".
“O que queremos é uma proposta de aumentos de salários”, frisou a sindicalista, acrescentando que a estrutura sindical não irá desistir de exigir uma atualização de 4% com 60 euros no mínimo para cada trabalhador.
Se isso não acontecer, “as consequências ficam para o Governo”, avisou Ana Avoila, adiantando que a Frente Comum vai “mobilizar os trabalhadores para lutarem até que o Governo veja que tem de fazer aumentos dos salários”.
Esta é a segunda ronda negocial com os sindicatos da administração pública, depois de um encontro em 06 de setembro onde as três estruturas sindicais (Frente Comum, Frente Sindical e FESAP) apresentaram propostas de aumentos entre 3% e 4%.
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