Numa ação de denúncia pública, membros da Comissão dos Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa consideraram que “a proposta do Orçamento do Estado para 2020 é insuficiente e com algumas limitações em relação à rede de transportes públicos da cidade”.

Cecília Sales, da comissão, salientou que o passe único foi uma medida muito positiva, mas agravou a questão da sobrelotação e do aumento dos tempos de espera do metro e dos autocarros.

A responsável salientou que existem “mais 27% de passageiros em Lisboa desde abril, o que era expectável”, mas a frota e os investimentos “não foram fixados no Orçamento”, que insiste na decisão considerada “errada sob o ponto de vista técnico e também de penalização dos utentes da parte norte da cidade, que é o projeto da Linha Circular” do Metropolitano.

“O Governo insiste na construção deste projeto que não traz benefícios nenhuns à cidade, apenas serve o centro da cidade, e que penaliza a parte norte, a linha amarela e também os utentes de Odivelas e Loures, gastando - achando nós que isto é realmente um desperdício de dinheiro - 206 milhões de euros para este projeto”, afirmou.

“O que nós denunciamos é que esse dinheiro, desperdiçado numa linha que não tem utilidade prática quase nenhuma […], deveria ser aplicado nesta parte da cidade, na zona Ocidental, Belém, Ajuda, Alcântara, que não tem metro. Há um desequilíbrio a nível da mobilidade”, acrescentou.

A representante da comissão de utentes defendeu ainda maior segurança e comodidade dos transportes públicos, a melhoria da rede do metro e a diminuição dos tempos de espera.

“Há muitas interrupções. Quase todas as semanas há interrupções nas linhas e, portanto, isto continua e não estamos a ver qualquer reforço de verbas na proposta de Orçamento que venha resolver esta situação”, concluiu.

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