À saída daquilo que qualificou como “uma audiência particularmente profunda” com o Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, João Cotrim Figueiredo disse aos jornalistas que comunicou a Marcelo Rebelo de Sousa que a IL “irá votar contra este orçamento”.
“Um orçamento que tínhamos alguma expectativa porque se tratava do primeiro orçamento verdadeiramente da lavra do ministro Fernando Medina, o primeiro orçamento em que o PS verdadeiramente não tinha que negociar nada com a extrema-esquerda e foi uma enorme desilusão vermos que neste orçamento não há um resquício de qualquer coisa parecida com uma reforma estrutural. Nada. Absolutamente nada”, criticou.
Para o líder liberal, permanece a dúvida que a IL “há muito vem chamando a atenção” que é saber “porque é que Portugal não consegue crescer como os outros países”.
“Por acharmos também que o orçamento manifesta algumas das facetas menos agradáveis da governação do PS na sua natureza nublosa, vagarosa, habilidosa, enganosa, anunciamos que íamos votar contra o Orçamento do Estado já na generalidade e depois previsivelmente também na especialidade”, referiu.
O Presidente da República recebe hoje, durante todo o dia, os partidos com assento parlamentar, após a entrega, na segunda-feira, da proposta de Orçamento do Estado para 2023 na Assembleia da República.
A proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) prevê que a economia portuguesa cresça 1,3% em 2023 e registe um défice orçamental de 0,9% do Produto Interno Bruto.
O Governo visa reduzir o peso da dívida pública de 115% do PIB para 110,8% em 2023 e projeta que a inflação desacelere de 7,4% em 2022 para 4% no próximo ano.
A proposta vai ser debatida na generalidade no parlamento nos próximos dias 26 e 27, com a votação final global do diploma marcada para 25 de novembro.
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