“É um valor extraordinariamente alto. As duas Câmaras decidiram pedir apoio ao Governo, até porque estamos a falar de um local inserido no Geopark Naturtejo, onde se situa o geomonumento da Garganta do Zêzere”, referiu o presidente do município de Oleiros, Miguel Marques.
O autarca garantiu que os dois municípios estão “empenhados em resolver o problema”.
A estrada que liga Admoço, na Freguesia de Cambas (Oleiros), e Janeiro de Baixo (Pampilhosa da Serra) sofreu uma derrocada e foi interditada ao trânsito há cerca de três anos pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra.
Segundo o autarca de Oleiros, a solução indicada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) “tem um custo mínimo de 1,2 milhões de euros, valor que as duas Câmaras não têm capacidade para suportar”.
O LNEC propõe a colocação de uma rede metálica sobre a camada rochosa da encosta e a sua manutenção periódica, uma proposta indicada como de “minimização do risco”.
“Oleiros mostrou-se, desde início, disponível para ajudar na solução deste problema. Desde que esta estrada está cortada, as viaturas e camiões estão obrigados a percorrer um desvio, aumentando a distância entre os dois concelhos de mais de meia hora de duração que se fosse feita pela estrada cortada seria de cerca de quatro quilómetros”, explicou Miguel Marques.
O presidente da Câmara Municipal de Oleiros reuniu recentemente com a população de Admoço, acompanhado da vice-presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Alexandra Tomé, e de um engenheiro civil desta autarquia.
O autarca de Oleiros salientou que caso o Governo recuse apoiar a solução indicada pelo LNEC existe a possibilidade de ser melhorado um acesso florestal que existe na zona.
“Este acesso florestal, identificado pelos técnicos, será melhorado, encurtará a distância entre as duas freguesias até ser resolvido definitivamente o problema de perigo de derrocada na estrada municipal. Obviamente que esta solução tem custo, mas menor do que a proposta do LNEC”, sustentou.
Miguel Marques, consciente dos constrangimentos que esta situação está a criar nas populações, referiu que a intervenção a realizar “não pode ser leviana, dada a complexidade técnica que a obra acarreta, assim como os perigos que lhe estão subjacentes”.
“O que está aqui seriamente em causa são vidas humanas e, com essas, nós não podemos facilitar nem ficaríamos tranquilos se acontecesse algo em contrário”, concluiu.
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