A OMS declara que a única solução viável é um cessar-fogo duradouro, para que o organismo e os parceiros “possam trabalhar em segurança e sem entraves para reforçar um sistema de saúde em deterioração”, reabastecer as reservas críticas de combustível, medicamentos e outra ajuda essencial, e prevenir a doença, a fome “e mais sofrimento na Faixa de Gaza”.???????
O relatório divulgado hoje pela OMS, indica, nomeadamente, que profissionais do setor da saúde foram detidos, pelas forças israelitas, durante uma missão de transferência de doentes em estado crítico e entrega de material a um hospital no norte de Gaza.
“Durante a missão, um doente terá morrido”, diz a OMS.
O organismo refere que a 09 de dezembro de 2023, uma outra equipa da OMS, em colaboração com o Crescente Vermelho Palestiniano e o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), com o apoio do Departamento de Segurança e Proteção das Nações Unidas (UNDSS), completou uma missão de “alto risco” no Hospital Al-Ahli, na Cidade de Gaza, para entregar material médico.
A missão levou ao hospital material cirúrgico e de traumatologia, suficiente para tratar 1.500 pacientes, e transferiu 19 pacientes em estado crítico com 14 acompanhantes para o Complexo Médico Nasser, no sul de Gaza, para tratamentos.
A OMS adianta que “no caminho para norte” do enclave, a coluna de veículos da ONU foi inspecionada no posto de controlo de Wadi Gaza, e os membros da tripulação da ambulância tiveram de abandonar os veículos para serem identificados.
Já se registaram anteriormente outras detenções durante missões humanitárias em Gaza.
Em 18 de novembro, indica o relatório, seis pessoas do Ministério da Saúde e do Crescente Vermelho Palestiniano foram detidas durante uma missão liderada pela OMS para transferir doentes do Hospital Al-Shifa.
O organismo reforça que os cuidados de saúde, incluindo o serviço de ambulâncias, são protegidos pelo direito internacional e “devem ser respeitados e protegidos em todas as circunstâncias”.
“As dificuldades enfrentadas por esta missão ilustram a redução do espaço para os atores humanitários prestarem ajuda em Gaza, apesar de o acesso ser desesperadamente necessário para aliviar a situação humanitária catastrófica, tal como solicitado na resolução adotada pelos membros do Conselho Executivo da OMS em 10 de dezembro”, frisa relatório.
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