A informação foi prestada hoje pelo secretário executivo daquela Organização Não-Governamental, que falava à imprensa no final do workshop nacional das Organizações da Sociedade Civil para o Reforço ao Sistema de Saúde Comunitário de Angola, sublinhando que a Anaso concluiu igualmente que a saúde comunitária do país “está doente”.
“A saúde comunitária em Angola, à luz das nossas reflexões, é um desafio. A saúde comunitária em Angola não está de saúde, se olharmos para as principais doenças comunitárias que acontecem”, explicou António Coelho.
A organização não tem dúvidas no diagnóstico: “A malária, nos últimos cinco anos, continua a ser a principal causa de morte e a tuberculose é aquela doença que até ao momento continua a ter um tratamento que não vai com a realidade e a preocupação que ela devia constituir, enquanto doença contagiosa”.
Para António Coelho, o país precisa de mudar o seu paradigma em torno da saúde comunitária, mais próxima das populações, com o apoio Governamental.
“Ao contrário dos países da região, onde são as organizações comunitárias que assumem a saúde local e o Governo comparticipa e gere todo esse processo. Refletimos em relação à nossa visão do que deve ser o sistema comunitário da saúde em Angola nos próximos cinco anos”, apontou ainda.
Organizações da sociedade civil dos distintos pontos de Angola discutiram, nos últimos dois dias, neste encontro em Luanda, temáticas ligadas à saúde comunitária no país, com um olhar específico a malária, tuberculose e HIV/Sida.
De acordo com o secretário executivo da Anaso, a situação dessas doenças no país “continua a ser preocupante”.
“A resposta, na nossa opinião, deve ser generalizada em função do número alarmante de casos que têm estado a aumentar”, acrescentou.
Daí que, exortou, é necessário “que se fale mais sobre a saúde comunitária” em Angola, e que “haja mais fundos para que diferentes ações identificadas a nível das comunidades possam ser implementadas”.
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