Em comunicado, publicado depois da visita anual do Comité a Amã (Jordânia), aquele organismo condenou a degradação da situação em Gaza, a falta de proteção dos menores palestinianos detidos e os obstáculos cada vez maiores que enfrentam ativistas e jornalistas.
Os membros do comité recolheram testemunhos que denunciavam o uso continuado da força e detenções sem ordem judicial por parte das forças de segurança israelitas e a “possível existência” de execuções extrajudiciais.
Após as reuniões com Organizações Não-Governamentais (ONG), com representantes da ONU e com funcionários palestinianos, o comité – estabelecido pela Assembleia-Geral da ONU em 1968 – considerou que um dos pontos mais preocupantes é a crise humanitária na Faixa da Gaza.
Neste território palestiniano, governado pelo movimento islamita Hamas, “é notório o desespero” face ao bloqueio de bens e pessoas por parte de Israel, que se prolonga há dez anos, e que “afeta todos os aspetos da vida” dos habitantes da Faixa de Gaza.
As ONG advertiram o comité que a expansão da construção de colonatos pelos israelitas continua “a um ritmo notável” na Cisjordânia, incluindo em Jerusalém Oriental, cuja soberania territorial é disputada entre palestinianos e israelitas, e a sua ocupação é uma violação do direito internacional, segundo os especialistas.
Além disso, os ativistas acusaram Israel de demolir vivendas e outras infraestruturas na Cisjordânia como medida punitiva e “como forma de castigo coletivo” contra o povo palestiniano.
Israel não reconhece o comité e, por isso, os seus membros não falaram com as autoridades israelitas nem tiveram acesso aos territórios ocupados.
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