“O secretário-geral escreveu cartas às partes e estamos a trabalhar diligentemente em estreita colaboração com a Turquia para manter a continuidade deste acordo vital”, afirmou Stéphane Dujarric, durante a sua conferência de imprensa diária.
A ONU está preocupada com “os recentes impedimentos na implementação” do acordo, que exige que todos os navios que exportam cereais a partir de portos ucranianos sejam inspecionados por peritos de todas as partes em águas turcas, tanto na entrada como na saída, segundo Dujarric.
O porta-voz explicou que hoje só foram inspecionados dois navios que entravam e dois que partiam, enquanto dezenas continuam à espera.
Desde que o acordo começou a ser aplicado, era habitual que as autoridades portuárias ucranianas propusessem a ordem pela qual os navios eram inspecionados, mas nas últimas semanas surgiram “várias opiniões” sobre esta prática, o que levou a atrasos, indicou.
A ONU apoia que as práticas estabelecidas continuem e está a manter contactos com as partes para resolver o assunto, acrescentou.
Este acordo foi alcançado em julho do ano passado pela Ucrânia e a Rússia com o apoio da Turquia e das Nações Unidas e já foi prolongado por duas vezes, a última das quais no passado dia 18 de março, apenas por um período de 60 dias, por insistência de Moscovo.
O governo russo tem ameaçado repetidamente pôr fim ao acordo se não forem registados progressos quanto à exportação de produtos seus, em particular fertilizantes, o que tem sido complicado pelas sanções ocidentais impostas a Moscovo, mas a ONU comprometeu-se a ajudar.
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