“Os peritos da ONU já partiram e vão trabalhar” sobre este caso, disse Guterres, confirmando informações de fontes diplomáticas. O secretário-geral exprimia-se durante uma conferência de imprensa de apresentação da Assembleia Geral anual da ONU que deve reunir dezenas de dirigentes na próxima semana em Nova Iorque.
“Devemos travar este tipo de escalada”, sublinhou o chefe das Nações Unidas, quando crescem as acusações ao Irão pelos Estados Unidos e Arábia Saudita de envolvimento nos ataques de sábado.
O mandato destes peritos assenta na resolução 2231 que ratificou o acordo nuclear de 2015 com o Irão, e sobre a resolução que decretou um embargo às armas no Iémen, precisaram diplomatas.
A primeira resolução, adotada em 2015, prevê a possibilidade de enviar peritos das Nações Unidas quando forem detetados no país fragmentos de armamento fabricados no Irão.
“É positivo que seja promovido um inquérito internacional”, sublinhou fonte diplomática citada pela agência noticiosa AFP. Diversos países apontaram para o Irão, mas até agora as informações são pouco claras, acrescentou.
Em paralelo, a Arábia Saudita declarou hoje que os ataques de sábado contra duas instalações petrolíferas foram provenientes “do norte” — e não desde o sul, apesar de terem sido reivindicados pelos Huthis iemenitas — e que foram “incontestavelmente” patrocinados pelo Irão, ao precisar que o reino ainda tenta determinar o “local exato” do lançamento.
“O ataque foi lançado desde o norte e foi incontestavelmente patrocinado pelo Irão”, declarou o porta-voz do ministério da Defesa, Turki al-Maliki, no decurso de uma sessão onde foram apresentados fragmentos de “drones” e de “mísseis de cruzeiro”.
O mesmo responsável assegurou ainda que os ataques foram efetuados com “18 drones e sete mísseis de cruzeiro iranianos”.
“Estamos a trabalhar para conhecer exatamente o ponto de lançamento dos drones e mísseis, temos várias formas de identificar esse ponto, mas não podemos fornecer mais informações” de momento, concluiu o porta-voz.
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