Na Declaração de Nova Iorque sobre Refugiados e Migrantes, todos os Estados-membros da ONU reconheceram que nenhum Estado pode gerir a migração internacional por conta própria. Além disso, comprometeram-se a fortalecer as políticas globais de migração.
Para o efeito, os Estados-membros acordaram ao mais alto nível lançar um processo que conduzisse à adoção de um pacto global em 2018, recorda o porta-voz de Miroslav Lajčák num comunicado publicado na página da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O papel dos Estados Unidos neste processo é crítico, pois tem recebido histórica e generosamente pessoas de todo o mundo e continua a ser a casa do maior número de migrantes internacionais no mundo, afirma o comunicado, sublinhando que, como tal, este país tem a experiência e o conhecimento necessários para ajudar a “garantir que esse processo tenha um resultado bem-sucedido”.
“O presidente salienta que a migração é um fenómeno global que exige uma resposta global e que o multilateralismo continua a ser a melhor forma de enfrentar os desafios globais”, acrescenta.
Por isso, adianta ainda, as Nações Unidas precisam “do apoio de todos os Estados-membros para chegar a um consenso sobre esta questão complexa”.
Na opinião do presidente da Assembleia Geral, “as Nações Unidas não devem perder esta oportunidade de melhorar a vida de milhões de pessoas em todo o mundo”.
Os Estados Unidos anunciaram hoje que o país não pretende fazer parte do Pacto Mundial das Nações Unidas para os Migrantes e Refugiados.
A Administração Trump considera que este acordo é incompatível com a política migratória pretendida por Washington.
Depois do Acordo do Clima de Paris, do Acordo Nuclear do Irão e da UNESCO, a Administração Donald Trump prossegue com os recuos em relação às organizações internacionais. A missão norte-americana na ONU anunciou que o país não fará parte do Pacto Mundial das Nações Unidas para os Migrantes e Refugiados.
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