“Estamos profundamente preocupados com o julgamento do prémio Nobel da Paz Ales Bialiatski, que começou na quinta-feira na Bielorrússia”, disse o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Jeremy Laurence, salientando que o ativista arrisca uma pena de até 12 anos de prisão.

O porta-voz também explicou que outros dois membros da organização não governamental (ONG) Viasna, da qual Bialiatski é fundador, também enfrentam penas de prisão e sublinhou que a organização internacional “tem sérias preocupações com os procedimentos no julgamento”.

“Os três estão entre as centenas de detidos após a repressão violenta dos protestos antigovernamentais em 2020. Exigimos que as acusações contra eles sejam retiradas e que sejam imediatamente libertados”, defendeu Laurence.

Bialiatski e os outros dois elementos da Viasna estão a ser julgados por “agir como parte de um grupo organizado, durante o período de 4 de abril de 2016 a 14 de julho de 2021”, de acordo com a ONG.

O ativista – que passou três anos na prisão, entre 2011 e 2014, e mais tarde foi novamente detido após os protestos pós-eleitorais de 2020 – recebeu o prémio Nobel da Paz em 7 de outubro passado, tornando-se a quarta pessoa reconhecida com o galardão enquanto estava na prisão.