“Há poucos meses a oposição estava em declínio, diziam por todo o lado que não havia oposição e hoje há oposição, aqui está a oposição, demos a volta ao pessimismo. Juntos recuperaremos a esperança e hoje estou feliz, determinada e cheia de esperança”, disse Gálvez.

A candidata de 60 anos recebeu a nomeação diante de dezenas de milhares de pessoas que se reuniram na emblemática avenida Paseo de la Reforma, na capital mexicana, Cidade do México, para testemunhar o momento.

Gálvez, antiga diretora do Gabinete para os Assuntos Indígenas da Presidência do México, disse que, depois de dois meses de viagem pelo país, percebeu que o país precisa de unidade para caminhar em direção à mudança.

Numa crítica indireta ao atual Presidente, a senadora natural do estado central de Hidalgo prometeu durante o comício “não continuar a dividir o México” nem “enganar ou manipular: sempre direi a verdade, por mais dolorosa que seja”.

A empresária insistiu que “formalmente” não tem partido e prometeu apoio a grupos como as mães de pessoas desaparecidas na vaga de violência que afeta o México, ambientalistas, migrantes da América Central e idosos.

A coligação da oposição tinha marcado para domingo primárias para escolher entre Gálvez, do Partido de Ação Nacional (PAN), e uma senadora do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Beatriz Paredes.

Mas Paredes renunciou na quarta-feira, após a divulgação de uma sondagem de opinião, realizada pela coligação, que dava 57,6% das preferências a Xóchitl Gálvez, levando ao cancelamento das primárias.

A coligação, formada pelo PAN, o PRI e o Partido da Revolução Democrática (PRD), irá enfrentar o Partido Nacional Movimento de Regeneração (Morena), que apoia o atual Presidente Andrés Manuel López Obrador.

O Morena anunciará na quarta-feira um candidato à sucessão de Obrador, que irá terminar em 2024 o seu mandato de seis anos e, de acordo com a Constituição do México, está impedido de voltar a concorrer à presidência do país.