Após uma reunião do Conselho de Ministros bálticos, o primeiro-ministro letão, Krisjanis Karins, indicou serem necessárias “sanções mais duras” contra a Rússia e que se deveria penalizar “em toda a Europa” as tentativas de evasão a estas restrições.

Acrescentou que os desproporcionados fluxos comerciais com a Rússia através de países como Cazaquistão, Arménia ou Turquia demonstram que estas vias estão a ser utilizadas para contornar as sanções.

A primeira-ministra estónia, Kaja Kallas, afirmou que uma proibição total do comércio com a Rússia ajudaria os países fronteiriços a prevenir estas medidas evasivas.

Os chefes de Governo bálticos pediram ainda ao Comité Olímpico Internacional (COI) que proíba a participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos Olímpicos de 2024 porque seria “moralmente censurável” que compitam, incluindo sob bandeira neutral.

Kallas sublinhou que uma eventual participação de atletas russos estaria manchada com o sangue dos atletas ucranianos mortos na guerra e sublinhou que nas equipas olímpicas russas já competiram por vezes soldados no ativo.

Em janeiro, o COI recomendou a readmissão dos atletas russos e bielorrussos nas competições internacionais, sob bandeira neutral e caso cumpram diversas condições, incluindo não terem apoiado “de forma ativa” a guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus — , de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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