"Se, por um lado, nos foram favoráveis os sucessos nos indicadores económicos e consequentes impactos sociais, por outro, tivemos perdas incalculáveis com as grandes tragédias dos incêndios e da seca agravada que se abateu sobre Portugal e que justificam o pedido do Presidente por uma reinvenção", lê-se em comunicado.
Na mensagem de Ano Novo aos portugueses, o Presidente da República defendeu, segunda-feira, que 2018 terá de ser o "ano da reinvenção" da confiança, advertindo que os portugueses precisam de ter a certeza de que, "nos momentos críticos, as missões essenciais do Estado não falham".
"Reinvenção da confiança dos portugueses na sua segurança, que é mais do que estabilidade governativa, finanças sãs, crescente emprego, rendimentos. É ter a certeza de que, nos momentos críticos, as missões essenciais do Estado não falham nem se isentam de responsabilidades", exigiu.
Os dirigentes do PAN reclamam "um olhar mais atento da Presidência da República para as graves problemáticas ambientais que afetam o país e o mundo porque não é possível uma reinvenção se não houver coragem política para fazer o que é certo e não apenas o que é conveniente e o que é habitual", sublinhando que, em "08 de agosto, Portugal já tinha chegado à sua capacidade anual de regeneração".
O PAN deseja "devolver uma credibilidade maior à vida pública e isso também passa por uma capacidade das principais forças políticas se entenderem para a aplicação de medidas de longo prazo, nomeadamente nas áreas da saúde, educação e ambiente, capazes de resistir à alternância partidária".
"A lógica do lucro e a obsessão com o crescimento a todo o custo tem consequências e, infelizmente, em 2017 fomos obrigados a olhar para elas em estado de choque o que reforça o compromisso do PAN para 2018 com a afirmação crescente da consciência ambiental junto dos portugueses", lê-se ainda no texto.
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