“Aquilo que tem sido o desgaste do Serviço Nacional de Saúde [SNS], a falta de respostas e até episódios mais graves, como tem sido ao nível da saúde obstétrica e da emergência maternoinfantil, levavam a que houvesse algum tipo de responsabilização política”, afirmou Inês Sousa Real.

A líder e deputada única do PAN falava à agência Lusa a propósito da demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, noticiada hoje de madrugada.

“Mas aquilo que em nosso entender é mais preocupante é que não fiquemos pelas demissões de ministros, porque por muito que se mude o titular, se não mudarem as políticas e não passarmos a ter um maior investimento no SNS e valorização dos seus profissionais, certamente que não iremos conseguir ter um SNS mais robustecido e mais eficaz nas respostas”, defendeu.

A deputada do Pessoas-Animais-Natureza espera que daqui para a frente “não se mantenha tudo na mesma” e que o primeiro-ministro, António Costa, perceba que “é fundamental que haja esta articulação do Ministério da Saúde com as ordens profissionais e os sindicatos, e que deste diálogo seja consequente a valorização dos profissionais de saúde”.

A demissão da ministra da Saúde Marta Temido, anunciada hoje de madrugada, constitui a primeira baixa de ‘peso’ no XXIII Governo Constitucional, que tomou posse há exatamente cinco meses, em 30 de março.

Marta Temido apresentou a demissão por entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo.

A demissão, já aceite pelo primeiro-ministro, foi noticiada de madrugada, mas hoje de manhã fonte oficial do gabinete de António Costa disse à Lusa que a substituição da ministra da Saúde “não será rápida”, adiantando que o chefe do Governo gostaria que fosse esta governante a concluir o processo de definição da nova direção executiva do SNS.

Marta Temido iniciou funções como ministra da Saúde em outubro de 2018, sucedendo a Adalberto Campos Fernandes, e foi ministra durante os três últimos três executivos, liderados pelo socialista António Costa.

Numa nota divulgada hoje, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assumiu que aguarda o pedido de exoneração da ministra da Saúde e a proposta de nomeação do seu substituto.

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