O anúncio de Inês de Sousa Real foi feito no discurso de encerramento da rentrée política do PAN, num evento denominado “Hora da Abolição”, que teve lugar este sábado, no Jardim do Morro, em Vila Nova de Gaia.
“É chegado o momento de darmos um passo decisivo para acabar com as touradas e, por isso, o PAN deu entrada de uma proposta para pôr fim a esta prática cruel que não espelha os valores da nossa sociedade. Precisamos de valorizar mais a vida e a dignidade animal do que o entretenimento baseado na violência. Está na hora de ajustar a nossa legislação à realidade e ao século XXI e acertar os ponteiros com a sensibilidade social, que exige respeito pela vida e dignidade dos animais. O referendo às touradas é uma oportunidade para mostrarmos que estamos do lado certo da História, do lado do progresso”, afirmou Inês de Sousa Real.
Durante o seu discurso, a líder do PAN criticou também a falta de compromisso do Governo em resolver os problemas dos portugueses em áreas como a educação, saúde e combate aos incêndios.
A líder do partido apontou ainda o dedo ao que classificou como "posições conservadoras" do Governo em matérias sociais, ambientais e de bem-estar animal.“As forças conservadoras ligadas ao atual Executivo continuam a deixar a regulamentação da lei da morte medicamente assistida na gaveta e a não garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, em particular no acesso à interrupção voluntária da gravidez".
O evento de rentrée política do PAN contou com a participação de vários convidados internacionais ligadas ao bem-estar animal como Esmeralda Hernández,  senadora colombiana que protagonizou o fim das touradas no seu país, e a vice-presidente do principal partido animalista de Espanha (PACMA), Cristina Garcia, Rubén Pérez Sueiras, coordenador da campanha Infância sem Violência, da Fundação Franz Weber, Miguel Moutinho, fundador do santuário de touros Namigni, na Colômbia, e Manuel Eduardo dos Santos, da Plataforma Basta de Touradas.