O assunto foi falado quando o papa abordava a despedida do apóstolo Paulo aos anciãos para ir a Jerusalém. “Quando leio isto penso em mim, porque sou bispo e devo despedir-me”, disse, citado pelo canal de informação do Vaticano.

“Peço ao Senhor a graça de poder despedir-me assim. E no exame de consciência não sairei vencedor como Paulo (…) Mas o Senhor é bom, é misericordioso”, disse.

E lembrou aos bispos que o seu dever é “proteger o rebanho” e não “trepar por uma carreira eclesiástica”.

Numa entrevista em 2015, o papa argentino já tinha dito que tinha a sensação de que o seu papado seria breve, de “quatro ou cinco anos”.

“Tenho a sensação de que o meu pontificado vai ser breve, quatro ou cinco anos. Dois já passaram”, disse, explicando que era uma sensação “um pouco vaga”, como a de alguém que se mentaliza que vai perder um jogo, para não se desiludir se perder e ficar contente se ganhar.

E sobre a renúncia do seu antecessor, Bento XVI, em 2013, disse que o papa abriu uma porta. “Penso que o que Bento XVI fez com muita coragem foi abrir a porta aos papas eméritos. Bento não deve ser considerado como uma exceção, mas como uma instituição”, disse.