O Papa disse que mantém contacto diário com Gaza e que “a guerra é travada por dois lados e não apenas um”.
“Os irresponsáveis são os dois [lados] que fazem a guerra”, continuou na mesma entrevista que será divulgada na íntegra no próximo dia 20.
“Não há apenas a guerra militar, há, digamos, a ‘guerra de guerrilha’ travada pelo Hamas, um movimento que não é um exército. É uma coisa má”, disse.
Sobre a guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia há dois anos, o Papa considerou que é preciso coragem para negociar.
“Hoje é possível negociar com a ajuda das potências internacionais. A palavra ‘negociar’ significa coragem. Quando vemos que estamos a ser derrotados, que as coisas não estão a funcionar, devemos ter a coragem de negociar. Sente-se vergonha, mas quantas pessoas ainda vão ter de morrer?”, disse o Papa, considerando que “aquele que tem a coragem de erguer a bandeira branca, de negociar, é mais forte”.
O Papa insistiu que se deve “negociar enquanto não é tarde, identificar países para mediar” e apontou que “a Turquia avançou e outros” também.
“Não tenham vergonha de negociar antes que a situação fique pior”, afirmou, citado pela ANSA.
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