“Nunca guerra! Pensem acima de tudo nas crianças, cuja esperança de uma vida digna é tirada: crianças mortas, feridas, órfãs, crianças que têm resíduos de guerra como brinquedos. Em nome de Deus, parem!”, publicou o papa no Twitter.

Francisco não escondeu a sua profunda preocupação com a guerra que eclodiu na Ucrânia, após o ataque do regime de Vladimir Putin, e até ofereceu a mediação da Santa Sé.

O seu secretário de Estado, Pietro Parolin, o ‘primeiro-ministro’ do Vaticano, conversou com ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, e transmitiu-lhe a vontade da Santa Sé de “fazer tudo, colocar-se ao serviço da paz”.

Além da ajuda enviada, Francisco enviou dois cardeais à Ucrânia para oferecer os seus serviços à população e aos deslocados: o polaco Konrad Krajewski e o checo Michael Czerny, secretário da Seção de Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

O papa fez também uma visita surpresa à embaixada russa na Santa Sé, um dia após o ataque da Rússia à Ucrânia, para expressar a sua profunda preocupação.

Por sua vez, numa entrevista publicada hoje pelos meios de comunicação social do Vaticano, Parolin mostrou-se apologista da diplomacia, ressalvando que a doutrina social da Igreja “sempre reconheceu a legitimidade da resistência armada contra a agressão”.

“Mas acho que diante do que está a acontecer é essencial perguntar: estamos a fazer os possíveis para chegar a uma trégua? A resistência armada é o único caminho? Estas palavras, perante a morte de mulheres e crianças, milhões de deslocados e a destruição de um país podem parecer utópicas. Mas a paz não é uma utopia”, defendeu.

O ‘primeiro-ministro’ do Vaticano reiterou a “total disponibilidade” da Santa Sé para qualquer tipo de mediação que possa favorecer a paz na Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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