Jorge Bergoglio, de 86 anos, saiu da Policlínica Gemelli numa cadeira de rodas às 08:45 (07:45 em Lisboa), sorriu, acenou, agradeceu a uma multidão de fiéis, e levantou-se para entrar na viatura do Vaticano que o esperava.
A 07 de junho, o papa fez uma cirurgia abdominal de três horas com anestesia geral, para reparar uma hérnia e remover cicatrizes dolorosas, que decorreu sem complicações.
“O papa está bem. Está melhor do que antes”, disse Sergio Alfieri, o cirurgião que fez a operação de três horas, aos jornalistas depois de acompanhar Francisco até ao automóvel.
O Vaticano tinha cancelado todas as audiências do argentino até domingo, mas os Presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, já anunciaram viagens a Roma para se encontrarem com o papa na próxima semana.
Em março, Francisco esteve internado durante alguns dias no Hospital Gemelli com uma bronquite.
A saúde do papa tem sido alvo de debate desde que este deixou claro que estaria disposto a resignar se uma doença o impedisse de trabalhar, tal como aconteceu com o antecessor, Bento XVI, em 2013.
O papa tem padecido de cataratas, dor ciática e a uma artrose no joelho direito que o obrigou a usar uma cadeira de rodas em muitas ocasiões.
Depois de a operação ao cólon a 04 de julho de 2021, reagiu às especulações: “Ainda estou vivo, alguns prelados queriam que eu morresse, já estavam a preparar o conclave [para eleger um sucessor]”.
Francisco foi operado aos pulmões aos 21 anos e tem sofrido de problemas nas ancas e nos joelhos, sendo regularmente obrigado a reduzir a agenda devido a problemas de saúde.
O papa é esperado em Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, entre 01 e 06 de agosto, em Lisboa, prevendo-se que cheguem à cidade cerca de 1,5 milhões de pessoas, quase três vezes a população local.
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