Em entrevista à Reuters, o Pontífice garantiu que não pretende renunciar em breve e afirmou que está no bom caminho para visitar o Canadá este mês. Além disso, afirmou ainda que espera poder ir a Moscovo e a Kiev o mais depressa possível, depois dessa viagem.
A ajudar os rumores sobre a renúncia que circularam nos meios de comunicação social estava uma série de acontecimentos previstos para o final de agosto, incluindo um consistório com os cardeais de todo o mundo para discutir uma nova constituição do Vaticano, uma cerimónia para a ordenação de novos cardeais e uma visita à cidade italiana de L'Aquila, associada ao Papa Celestino V, que renunciou ao papado em 1294. O Papa Bento XVI visitou a cidade quatro anos antes de resignar em 2013, sendo o primeiro Papa a fazê-lo em cerca de 600 anos.
Confrontando com a questão, Francisco riu-se da ideia. "Todas estas coincidências fizeram alguns pensar que a mesma 'liturgia' iria acontecer", disse. "Mas isso nunca me passou pela cabeça. De momento, não; de momento, não. Mesmo!"
Contudo, o Papa repetiu a sua posição quanto à possibilidade de um dia poder vir a resignar se a sua saúde o impossibilitar de conduzir a Igreja. Questionado sobre quando pensava que isso poderia acontecer, disse: "Não sabemos. Deus dirá".
O Papa Francisco negou também rumores sobre ter cancro, após ter sido operado ao intestino no verão de 2021, brincando com os médicos: "não me disseram nada sobre isso".
Quanto ao estado do joelho, que o impediu de desempenhar algumas funções, Francisco deu pela primeira vez pormenores da sua doença, dizendo que tinha sofrido "uma pequena fratura" quando deu um passo em falso quando um ligamento estava inflamado.
"Estou bem, estou lentamente a melhorar", garantiu, acrescentando que a fratura está a fechar, com a ajuda de tratamento por laser e terapia magnética.
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