Depois de registar as “notícias de tensões e violência” no Essuatíni, Francisco referiu-se tanto a quem “tem responsabilidade” pela nação africana como a “quem exprime as suas aspirações para o futuro do país”.
O Papa pediu a todos um “esforço comum” pelo “diálogo, reconciliação e composição pacífica dos vários cargos”, no final da oração dominical do Angelus, perante dezenas de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Segundo a Amnistia Internacional (AI), que também denuncia diversos desaparecimentos, torturas e detenções ilegais, o total de mortes pode chegar a “dezenas” nas últimas semanas, quando uma onda de protestos pró-democracia abalou o país para exigir reformas políticas e gritar contra a repressão.
As mobilizações tornaram-se especialmente violentas desde a última segunda-feira, com saques, e incêndio de camiões, campos e prédios e graves confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança.
Em resposta, o governo ordenou recolher obrigatório, cortou a internet e colocou o exército nas ruas.
Essuatíni, a última monarquia absoluta na África, de acordo com a Amnistia Internacional (AI), está sob o comando absoluto de Mswati III desde 1986 e tem pouco mais de um milhão de habitantes, a maioria deles jovens.
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