No maior templo católico do país, Francisco perguntou como é possível falar de “boas notícias quando tantas pessoas à nossa volta estão a sofrer”.

Num país pobre, onde se registam diferentes conflitos étnicos, bem como a perseguição brutal da minoria muçulmana rohingya, Francisco perguntou: “Onde estão as boas notícias quando há tanta injustiça, pobreza e miséria, que projetam uma sombra sobre nós e o nosso mundo?”

Aos jovens católicos birmaneses, que chegaram à antiga capital vindos de vários pontos do país e até de países vizinhos, Francisco disse que queria deixar “uma mensagem muito clara”: “Os rapazes e raparigas do Myanmar não [devem] ter medo de acreditar na boa nova da misericórdia de Deus”.

O papa pediu aos jovens que levem esta “boa nova” aos que sofrem e precisam de orações e solidariedade, “mas também da paixão pelos direitos humanos, pela justiça e para que cresça o amor e a paz que Jesus dá”.

Francisco, que falou em italiano, com a ajuda de um tradutor, concluiu a missa e a sua visita ao país com uma frase em birmanês: “Deus abençoe o Myanmar”.