“Nós não temos mais nenhum parâmetro [além da atividade sísmica], até à data, que indicie a existência de uma outra atividade mais associada ao próprio vulcão”, afirmou à agência Lusa a responsável pelo CIVISA.
O vulcão de Santa Bárbara, na ilha Terceira, é considerado um vulcão ativo, tendo entrado em erupção, pela última vez, em 1761, apresentando duas caldeiras.
Desde 24 de junho de 2022 que a atividade sísmica no vulcão de Santa Bárbara se encontra “acima dos valores normais de referência”, com o nível de alerta científico V2 (possível reativação do sistema – sinais de atividade moderada).
A presidente do CIVISA frisa que “todos os parâmetros medidos não indiciam, além da sismicidade, qualquer interferência com o sistema vulcânico, mas está-se obviamente sempre a monitorizar”, estando-se com uma “atividade sísmica a níveis bastante acima do normal”.
Questionada se é previsível que a atual crise sísmica se mantenha, Gabriela Queiroz ressalva que “não é possível prever sismos, mas as crises sísmicas tendem muitas vezes a ser prolongadas no tempo”.
“Nessa perspetiva, durante esse tempo que decorre a crise sísmica pode haver fases de maior libertação de energia que coincidirão naturalmente com sismos mais fortes que podem ser sentidos pela população”, afirma.
Esta semana foram registados cinco sismos na ilha Terceira.
Hoje, foi registado um sismo com magnitude 1,9 na escala de Richter e na segunda-feira quatro: dois de magnitude 4, um de magnitude 2 e outro de magnitude 2,4.
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