Olaf Scholz, de 63 anos, deve ser eleito por uma maioria dos 736 deputados do Bundestag (câmara baixa), antes da passagem de poder, no mesmo dia, com a chanceler cessante.
O processo de eleição do chanceler, terceira figura do Estado alemão, a seguir ao Presidente da República Federal e à presidente do Bundestag, obedece a normas muito específicas.
Após a sua eleição pelos deputados, o futuro chanceler é recebido pelo Presidente, que lhe entrega, bem como aos seus ministros, a sua “ata de nomeação”, assinalando o início oficial do mandato de quatro anos.
O chanceler regressa, em seguida, ao Bundestag para aí prestar juramento, antes de se dirigir à chancelaria para a transferência de poder. Será, então, o líder de uma coligação inédita de três partidos, formada pelos social-democratas, os verdes e os liberais.
Como os seus antecessores, efetuará a sua primeira viagem oficial a Paris.
Esta eleição ocorre em plena crise de saúde na Alemanha: mesmo antes de assumir o cargo, Scholz já está a trabalhar arduamente em novas medidas de combate ao aumento dos números da pandemia de covid-19 no país.
O futuro chanceler participou, assim, hoje numa reunião com Merkel e os dirigentes dos 16 Estados federados alemães (Länder) para decidir novas restrições, que irão visar principalmente os não vacinados.
A vacinação obrigatória – a que Scholz é favorável – poderá mesmo ser aprovada até ao final do ano, para entrar em vigor em fevereiro ou março de 2022.
Após a reunião de hoje, o Governo alemão confirmou que um projeto de lei sobre a vacinação obrigatória será submetido ao parlamento.
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