As datas exatas vão depender, no entanto, das "condições operacionais no terreno e dos procedimentos administrativos inerentes à contratação de meios para o efeito", afirmou o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira.
A rendição da 1.ª Força Nacional Destacada (FND) estava prevista para o fim de julho, mas teve que ser adiada por o Exército ter de substituir seis dos militares, comandos, que por terem sido acusados no âmbito de um processo criminal não poderão integrar a missão da ONU (MINUSCA).
No dia 25 de agosto deverá partir de Lisboa o Destacamento Avançado e no dia 04 de setembro sairá o grosso da força, composta por cerca de 160 homens.
A cerimónia de entrega do Estandarte Nacional à 2.ª FND na missão da ONU está prevista para o dia 11 agosto, no regimento de Comandos, na serra da Carregueira.
Na mesma altura, serão entregues as boinas aos 13 militares que terminaram com aproveitamento o 128.º curso de Comandos, dos 57 que iniciaram a instrução, adiantou.
O Exército tinha confirmado a 21 de julho o adiamento por cinco semanas da rendição da 1.ª força na RCA, mas ainda não tinha divulgado as novas datas previstas.
Os seis militares substituídos foram acusados pelo Ministério Público, na sequência da morte de dois militares no 127.º curso de Comandos, em setembro do ano passado.
Segundo regras estabelecidas pela ONU em janeiro de 2016, as missões das Nações Unidas não poderão integrar qualquer militar alvo de acusação em processos criminais.
A ONU requer que nenhum militar destacado tenha sido condenado, esteja sob investigação ou tenha sido acusado "de qualquer delito criminal" ou de qualquer violação dos direitos humanos.
O primeiro contingente da Força Nacional Destacada na MINUSCA partiu em meados em janeiro, atuando como Força de Reação Rápida da ONU, na linha da frente das operações dos capacetes azuis naquele país, em conflito civil desde 2013.
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