No final de uma cerimónia evocativa da morte de Francisco Sá Carneiro realizada em Viseu, Passos Coelho disse não ter dúvidas de que, ao longo dos tempos, o PSD "foi, no essencial, fiel" ao legado do fundador do partido. "A frase de Sá Carneiro, de que primeiro vem Portugal e só depois os partidos e cada um de nós, é uma visão que foi decisiva para moldar o comportamento do PSD ao longo de todos estes anos", frisou, em declarações aos jornalistas junto à estátua do antigo primeiro-ministro (falecido a 04 de dezembro de 1980), onde depositou uma coroa de flores.

Passos Coelho referiu que, atualmente, Portugal está melhor do que em 1974, encontrando-se "integrado nos países que na altura representavam para Portugal um modelo de democracia, de bem-estar social, de liberdade".

"Hoje a própria Europa está à procura de se reencontrar num projeto de futuro, que não seja só um projeto de liberdade, de paz e de bem-estar, que possa também responder a desafios importantes que têm de ver com a sua relação com o mundo, com o Mediterrâneo, com o Médio Oriente, com a globalização, com as transformações sociais e económicas que se vivem", afirmou.

O líder do PSD considerou que Sá Carneiro "moldou muito aquilo que é a maneira de estar" do partido, que se implantou "muito de acordo com aquilo que as pessoas, de um modo geral", pensavam dele.

"Foram anos breves, mas particularmente intensos, de afirmação da democracia, do projeto democrático em Portugal, para o qual ele contribuiu de uma forma decisiva e também para uma visão do PSD, que permaneceu ao longo de todos estes anos, que não soma as visões mais egoístas seja do eleitorado, seja das corporações, seja das classes sociais", acrescentou.

Segundo o antigo primeiro-ministro, "o PSD assumiu-se como um partido interclassista, que, de acordo com esta visão original de Sá Carneiro, olha para a sociedade portuguesa e para o país e procura sempre avaliar o que é o interesse comum, o bem comum, e trabalhar para ele".

"Temos que ter a capacidade de olhar para aqueles que estão à nossa volta e de ver além dos nossos interesses mais imediatos. E esse foi o grande legado do dr. Sá Carneiro, na fundação do nosso partido, mas daquilo que é também uma maneira de estar na política e de ver a sociedade", sublinhou.

Passos Coelho lembrou que "normalmente, quer o PSD, quer o CDS, evocam sempre o dia da morte do dr. Francisco Sá Carneiro e do engenheiro Adelino Amaro da Costa", que foram "personalidades extraordinárias que marcaram muito a vida política nacional".

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