"Neste contexto não vou fazer nenhum comentário sobre isso. Nenhum. Já houve quem dissesse isso [que qualquer militante é livre de avançar], mas eu nem isso digo. Não digo nada", afirmou à Lusa, na Sertã, à margem das Jornadas Europeias organizadas pela JSD de Castelo Branco.

Questionado sobre uma eventual candidatura, em 2018, a ser protagonizada pelo próprio eurodeputado, de 48 anos, Paulo Rangel descartou hoje essa possibilidade.

"O Paulo Rangel está muito bem onde está. Deixe-o estar, quietinho e calado, que é o que ele precisa", afirmou, sobre si mesmo.

O ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio admitiu candidatar-se à liderança do PSD em 2018, se o partido "continuar com grandes dificuldades de aceitação junto das pessoas" e se, até lá, "não aparecer uma alternativa credível".

Numa entrevista publicada no Diário de Notícias, o antigo vice-presidente e secretário-geral do PSD assume estar a ser pressionado para avançar, "por militantes e não militantes", embora o próximo congresso só deva ocorrer "em fevereiro ou março de 2018".

Quando questionado se "é expectável que em 2018 apareça uma alternativa de liderança no PSD", o antigo autarca responde: "Se, até lá, o partido não conseguir descolar - como se costuma dizer -, acho que sim".

"Será sinal de falta de vitalidade interna se o PSD continuar com grandes dificuldades de aceitação junto das pessoas e se, mesmo assim, não aparecer uma alternativa credível a disputar a liderança", acrescenta.

À pergunta se a alternativa "poderá ser Rui Rio", o ex-dirigente social-democrata responde afirmativamente: "Poderá".

Paulo Rangel, eurodeputado e vice-presidente do PPE, presidiu hoje à sessão de encerramento das Jornadas Europeias, organizadas pela JSD de Castelo Branco, iniciativa que pretendeu assinalar os 30 anos de Portugal na Europa e estimular o debate sobre "a Europa que fomos, a Europa que temos e a Europa que queremos ter".

Em declarações à Lusa, o eurodeputado social-democrata alertou para "uma fase em termos europeus internacionais, de tal modo desafiante, para o bem e para o mal que", afirmou, "temos de parar para pensar".

Segundo Rangel, "para perceber o que está a acontecer, fazer a análise das causas e das condições que nos trouxeram aqui, para traçarmos um rumo para Portugal", e saber "qual deve ser o nosso posicionamento perante as mudanças que estão a acontecer a nível global e na Europa e quais as consequências sobre a Europa".

O eurodeputado apontou os resultados das recentes eleições norte-americanas, lembrou o Brexit e questionou o papel da Rússia, além de chamar a "atenção para os resultados das eleições que se aproximam na Holanda, Áustria, França e Alemanha".

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