“São 98 anos de ininterrupto combate e de uma dedicação sem limites à causa emancipadora da classe operária e dos trabalhadores, do nosso povo”, referiu o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
O líder comunista discursava no almoço comemorativo do aniversário, que decorreu hoje no Pavilhão do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional, no Seixal, distrito de Setúbal, onde afirmou que “fazer 700 refeições só pode ser obra de um partido como este”.
Foi em 1921 que o PCP nasceu, através do movimento operário, e hoje, passados 98 anos, reafirmou a determinação em defender os interesses dos trabalhadores, do povo e do país, tendo uma razão acrescida para comemorar, devido à celebração dos 45 anos da Revolução do 25 de Abril.
Ainda assim, advertiu que os sucessivos governos do PS, PSD e CDS têm “atacado e destruído muitas dessas conquistas, impondo limitações à democracia e soberania”.
Neste sentido, Jerónimo de Sousa lembrou que se aproximam “importantíssimos combates eleitorais”, referindo-se às eleições para o Parlamento Europeu, em 26 de maio, e para a Assembleia da República, em 06 de outubro, destacando que é necessária “uma nova política patriótica e de esquerda”.
“Batalhas eleitorais que temos que travar ao mesmo tempo que temos que continuar a ação e intervenção desde logo em defesa e valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela reposição dos direitos e rendimentos extorquidos nos anos de PEC e de ‘troika’, pela mão de governos PS, PSD e CDS”, afirmou.
Já para mostrar a importância das políticas do partido comunista, Jerónimo de Sousa falou sobre uma das conquistas durante este ano: a criação do passe intermodal na Área Metropolitana de Lisboa, com um custo máximo de 40 euros, que permitirá uma “redução significativa nos custos com o uso dos transportes públicos para centenas de milhares de utentes”.
Contudo, advertiu que é preciso o “aumento da oferta de transporte”, exigindo ao Estado o investimento na modernização e alargamento da oferta ferroviária, rodoviária e fluvial.
Além do setor do transporte, na visão do secretário-geral do PCP são vários os outros domínios em que é preciso avançar, como a habitação, segurança social e cultura, o que só será possível com uma “rutura com a política de direita e na afirmação de uma política patriótica e de esquerda”.
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