"Passados quase três anos da derrota e afastamento do Governo PSD/CDS, com a travagem da ofensiva que estava a ser desenvolvida contra os direitos dos trabalhadores e do povo, mas também o caminho que assim se abriu para a defesa, reposição e conquista de direitos e rendimentos, a realidade é naturalmente distinta da que se vivia então", disse Oliveira, na sessão de abertura de jornadas parlamentares do partido por todo o distrito de Santarém.

Porém, "simultaneamente, as opções do Governo PS limitam e condicionam as possibilidades de avanço e impedem a resposta aos problemas estruturais do país", vincou, acrescentando que o executivo socialista "mantém intocadas as opções da política de direita", com "submissão às imposições externas, recusando a "renegociação da dívida pública" ou "o controlo público dos setores estratégicos".

"Três anos passados, não ignoramos a importância do afastamento do Governo PSD/CDS do poder. Não subestimamos, - pelo contrário -, valorizamos todas e cada uma das conquistas alcançadas neste período, através da luta dos trabalhadores e do povo e da ação do PCP", reiterou o deputado ao Parlamento Europeu na sua intervenção.

João Ferreira, defendendo como "objetivo útil, necessário e possível" o reforço da presença de deputados comunistas em Bruxelas e Estrasburgo, nas eleições de maio de 2019, condenou os "condicionamentos e imposições aos quais o Governo do PS se mantém voluntariamente amarrado, não estando disponível para os enfrentar".

"Passam este ano 20 anos desde que outro Governo PS, com o apoio do PSD e do CDS, decidiu amarrar Portugal ao 'pelotão da frente' da moeda única", lastimou, descrevendo "duas décadas de crescimento quase nulo", pois "Portugal foi um dos países que menos cresceu no mundo".