Foi noticiado desde quarta-feira que o executivo do PS e representantes da maioria de esquerda, nomeadamente do BE, estão a discutir subidas de salários dos funcionários públicos de 10 euros e do salário mínimo no Estado para 635 euros.

"A notícia de que o aumento dos salários na administração pública está a ser negociado no âmbito do exame comum do Orçamento do Estado exige um esclarecimento e uma correção. Uma questão é estar a intervir no sentido de alcançar avanços - objetivo de que o PCP não prescinde -, outra, distinta, é estar a negociar substituindo os sindicatos", lê-se em nota dos comunistas.

Para o PCP, a luta dos trabalhadores e seus sindicatos foi frutífera e o Governo, "que sempre tinha recusado essa possibilidade, admite agora abertura para um aumento dos salários em 2019".

"Um aumento que, para o PCP, deve abranger todos os trabalhadores visando a recuperação do poder de compra", esclarece o texto dos comunistas, acrescentando que "os quatro anos da atual legislatura não se deviam somar aos anteriores cinco de congelamento" salarial a que os funcionários públicos "estiveram sujeitos, o que seria socialmente injusto e politicamente inaceitável".