“Se conseguirmos que a prazo a TAP recupere e possa gerar receita também dará receita a todos os portugueses”, afirmou o governante aos jornalistas à margem da sessão pública de apresentação do plano estratégico do Porto de Sines, no distrito de Setúbal.
Segundo o ministro, a “TAP é do povo português para o bem e para o mal e porque se entende que é demasiado importante para a nossa economia para a deixarmos cair”.
“Fez-se uma opção política de tentar salvar uma empresa que é muito importante para o nosso desenvolvimento. Isso obviamente tem custos, não é o único setor que está mal, infelizmente”, frisou.
O governante lembrou que, devido à pandemia de covid-19, o país está a “ser penalizado” não só do ponto de vista da saúde, como em todos os setores da atividade económica.
“Esta pandemia teve consequências, primeiro, do ponto de vista da saúde, e do ponto de vista económico e o setor da aviação, entre todos, é o mais atingido. Por isso é natural, os aviões deixaram de voar e a estrutura de custos manteve-se”, adiantou.
Questionado sobre a possível venda de aviões e despedimentos na TAP, o governante, remeteu para a conclusão do plano de reestruturação da empresa que irá “definir a redução que é preciso ser feita" e até onde se terá "de ir em matéria de custos no global e custos laborais”.
“Esse é um trabalho que está a ser feito. Não vai ser fácil, não podemos ter ilusões. Queremos segurar a companhia aérea que é muito importante para um país periférico no quadro europeu, com uma grande ligação ao atlântico, com comunidades espalhadas pelo mundo, mas obviamente, que não podemos manter uma dimensão elevada da TAP a qualquer custo e por isso esse trabalho está a ser feito com muita cautela”, sublinhou.
A TAP S.A. registou 582 milhões de euros de prejuízo no primeiro semestre, valor que compara com um resultado líquido negativo de 112 milhões apurado em igual período de 2019.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (TAP) deu conta dos resultados consolidados relativos ao primeiro semestre do ano, cuja operação e resultados foram “significativamente impactados pela quebra de atividade a partir de março”, face à pandemia de covid-19, aponta a companhia.
Comentários