“A campanha está a correr muito bem. Nós estamos a conseguir mobilizar o país para conseguirmos dar esperança ao país. Nós não queremos regressar ao passado, regressar ao passado que era governado por um partido que dizia uma coisa aos portugueses e praticava outra”, afirmou Pedro Nuno Santos aos jornalistas no final de uma visita a uma empresa de biotecnologia e investigação do concelho de Lagoa, na ilha de São Miguel, nos Açores.
O líder socialista lembrou que na segunda-feira, quando o ex-primeiro ministro apareceu ao lado do candidato da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, em Faro, foi “a oportunidade de ver duas faces da mesma moeda em campanha”.
“Prometeram em campanha não cortar pensões, não cortar salários. Fizeram exatamente o contrário quando chegaram ao poder”, vincou.
Pedro Nuno Santos salientou ainda que, naquela época, Luís Montenegro “não era só um qualquer dirigente do PSD, era o líder parlamentar, o responsável pelo apoio, pela aprovação das medidas no parlamento”.
Nas declarações aos jornalistas, depois de referir que Passos Coelho disse que se deslocou ao Algarve para retribuir o apoio de Luís Montenegro, considerou que ambos “são duas faces da mesma moeda”.
Também referiu que o PS pretende “apresentar um projeto de futuro, de esperança ao país”, por isso deslocou-se aos Açores para “mostrar que é possível ter uma economia vibrante, sofisticada, onde portugueses possam trabalhar”.
“Nós temos uma mensagem de esperança, de futuro para dar aos portugueses. Nós temos uma relação de confiança com os portugueses”, assumiu.
Questionado sobre as sondagens, referiu que não está a fazer campanha a pensar nisso: “Nós estamos apenas preocupados em mobilizar o nosso povo para continuarmos a avançar, para podermos ter alguma esperança no futuro e não voltarmos ao passado, não regressarmos ao passado, que era o que aconteceria com a direita”.
Já em relação às promessas para a economia feitas por Luís Montenegro, referiu que a “irresponsabilidade orçamental paga-se mais caro à frente”.
“Aquilo que o PSD e Luís Montenegro estão a dizer, é fazer promessas, mas que ao mínimo aperto eles vão reverter. Tal como aconteceu durante o período de Pedro Passos Coelho e de Luís Montenegro”, alertou.
O PS — prosseguiu -, tenciona “dar um novo impulso à governação anterior”, mas muito mais do que isso: “Nós queremos modernizar a nossa economia. Nós temos um projeto para modernizar a nossa economia, que não passa apenas por uma aventura fiscal que dá mais poupanças fiscais aos de cima do que o resto da população. (…) Queremos trabalhar para que a classe média portuguesa possa viver melhor no seu país”.
Ainda do ponto de vista da economia, como estava de visita a uma empresa açoriana, o secretário-geral do PS referiu que o maior desafio é modernizar o setor e aproveitar as competências científicas, tecnológicas e empresariais existentes.
“Este é o exemplo que temos que multiplicar pelo país, para podermos ter uma economia vibrante, mais sofisticada, que consiga reter quadros jovens, quadros qualificados”, disse, referindo-se à empresa de biotecnologia e investigação visitada hoje na ilha de São Miguel.
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