“Compareço aqui para anunciar a minha renúncia como deputado”, disse Pedro Sánchez numa conferência de imprensa convocada seis horas antes do início da sessão parlamentar (às 18:30, menos uma em Lisboa) que deverá hoje investir Rajoy e a tempo de registar a sua renúncia nos serviços do Congresso de Deputados (parlamento).
Com este anúncio, O ex-líder do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) evita desobedecer à disciplina de voto decidida pela nova direção provisória dos socialistas e também uma possível suspensão da sua militância no partido que o afastaria da corrida ao lugar de secretário-geral, mais uma vez.
Pedro Sánchez defendeu com firmeza que o PSOE se devia abster a uma investidura de Mariano Rajoy, mas no início de outubro acabou por se demitir depois de uma corrente maioritária do seu partido ter decidido que os socialistas se deviam abster para evitar a marcação de novas eleições, as terceiras no espaço de um ano.
O conservador Mariano Rajoy deverá ser eleito hoje em Madrid presidente do Governo espanhol com a abstenção dos deputados do PSOE, depois de ter perdido uma primeira votação, na quinta-feira, quando os socialistas votaram contra.
Na primeira votação, em que precisava da maioria absoluta do Congresso dos Deputados (parlamento), Rajoy obteve 170 de votos a favor, do Partido Popular (PP, direita), do Cidadãos (centro) e da Coligação Canárias, tendo o resto da assembleia (180) votado contra.
Hoje, na segunda votação o candidato a chefe do executivo só precisa da maioria simples do parlamento e a abstenção do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) deverá garantir o sucesso da sua investidura.
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