Quase 18 horas depois do colapso do prédio de 47 apartamentos no distrito de Raigad, as equipas de resgate retiraram 11 corpos e resgataram uma criança de quatro anos ainda viva dos escombros, disse o porta-voz da Força Nacional de Resposta a Desastres, Sachidanand Gawde, aos jornalistas.
Na segunda-feira, a polícia local disse em comunicado que 15 pessoas tinham sido resgatadas com vida e transportadas para o hospital.
As autoridades temiam inicialmente que 200 pessoas estivessem soterradas, mas reviram a estimativa para entre 20 e 70, já que muitos residentes estavam longe do local no momento do colapso.
“Ninguém sabe quantas pessoas estão realmente presas”, afirmou um oficial da polícia de Mahad à agência francesa France-Presse, sob condição de anonimato.
Muitas famílias saíram da cidade com destino às suas terras natais devido à pandemia e o desmoronamento ocorreu pelas 19:00 locais (14:30 em Lisboa), hora a que alguns residentes teriam saído para fazer compras.
O diretor-geral da Força Nacional de Resposta a Desastres (NDRF), Satya Pradhan, comemorou o “menino milagroso resgatado vivo”.
“Vamos todos orar por mais milagres”, escreveu Pradhan no Twitter, ao mostrar um vídeo no qual se vê a criança a ser extraída dos escombros por vários membros dos serviços de resgate e colocada numa maca.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modhi, manifestou a sua “tristeza” e garantiu que os pensamentos “estão com as famílias daqueles que perderam os seus entes queridos”, enquanto rezava “pela recuperação em breve dos feridos”.
As causas do incidente estão ainda por apurar, embora o desmoronamento de edifícios seja comum na Índia durante a época das monções (de junho a setembro).
As chuvas torrenciais afetam as fundações dos edifícios, deixando-os fragilizados.
O imóvel demorou dez anos a ser construído em fundações “instáveis”, declarou à cadeia de televisão TV9 Marathi, um antigo deputado de Mahad, Manik Motiram Jagtap.
“[O edifício] desmoronou-se como um baralho de cartas. Foi assustador”, sublinhou.
As monções desempenham um papel capital no sul da Ásia, mas provocam também numerosas mortes e semeiam a destruição em grande escala, entre inundações e desmoronamentos de edifícios.
Desde o início do ano, as monções provocaram a morte a cerca de 1.200 pessoas, mais de 800 delas só na Índia.
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