“Dos moradores que identificámos — alguns não estavam em casa — foram seis casais, ou seja 12 pessoas, que tiveram de ficar a pernoitar em casa de familiares ou de amigos”, disse à agência Lusa o chefe de primeira classe do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB), Fernando Curto.
De acordo com o mesmo responsável, que esteve a coordenar as operações no local, estes residentes optaram por esta solução em vez de aceitar realojamento da Câmara de Lisboa, em locais como espaços da Santa Casa da Misericórdia.
Fernando Curto frisou que este realojamento temporário foi feito “apenas por precaução”, já que os bombeiros tiveram de usar mais água do que costume na extinção das chamas, dadas as características da habitação, no centro de Lisboa.
“Não foi propriamente pelo estado do edifício, porque não havia perigo de ruir, mas mais pela quantidade de água usada. Nós tivemos dificuldade em montar a autoescada por causa do traçado do elétrico [que passa naquela rua] e, por isso, não fomos muito eficazes em relação ao débito de água”, notou.
De acordo com o chefe dos bombeiros, “os moradores do terceiro andar e da cobertura, que foram os mais danificados, ainda não podem voltar a casa durante o dia [de sexta-feira], mas os outros podem, logo que seja reposta a eletricidade e o gás e após uma grande limpeza”.
Questionado sobre as causas do incêndio, Fernando Curto disse serem desconhecidas e adiantou que a Polícia Judiciária já está a investigar.
O fogo deflagrou numa habitação na rua de São Domingos à Lapa cerca das 20:30, mas cerca de uma hora depois foi dado como extinto.
Não existe, até ao momento, informação de qualquer ferido na ocorrência, que obrigou à mobilização de 11 viaturas e de 35 homens, além de uma viatura dos bombeiros de Campo de Ourique, segundo o RSB.
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