“130 pessoas foram salvas, mas centenas de moradores de Mariupol ainda estão sob os escombros”, declarou o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa mensagem em vídeo, prometendo que as operações de socorro à população vão continuar.
Pouco antes a comissária para os direitos humanos do parlamento da Ucrânia, Lyudmyla Denisova, também tinha confirmado o resgate dos civis: “Sabemos que foram retiradas 130 pessoas, mas, de acordo com as nossas informações, há mais de 1.300 pessoas que ainda estão neste refúgio antiaéreo”.
No entanto, a comissária do parlamento ucraniano não soube precisar o número total de pessoas que estão retidas naquele refúgio.
“Rezamos para que estejam todos vivos, mas neste momento não há informações”, prosseguiu Lyudmyla Denisova, acrescentando que as equipas de resgate ainda estavam no terreno.
As autoridades ucranianas apontam que havia entre 1.000 e 1.200 pessoas no abrigo antiaéreo que foi destruído na quarta-feira.
Apesar de as autoridades locais terem confirmado a destruição do edifício, não foi possível confirmar quantas pessoas estavam no interior no momento do bombardeamento.
Em declarações à BBC, o deputado Dmytro Gurin, cujos pais estão presos em Mariupol, garantiu que a maioria das pessoas abrigadas naquele teatro “sobreviveram”, mas adicionou que cerca de 1.000 mulheres e crianças estão presas numa das caves do edifício.
Muripol, uma cidade com meio milhão de habitantes, está há quase três semanas sob intenso fogo dos militares russos e tem carências de bens de primeira necessidade, como, por exemplo, comida, medicamentos, água potável e eletricidade.
A estimativa é de que quase 70% das habitações e infraestruturas estejam danificadas e a comissária para os direitos humanos do parlamento ucraniano referiu, citada pela agência de notícias estatal Ukrinform, que poderá haver muitas mais pessoas mortas por baixo dos escombros.
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