“Os nossos homens tombaram ontem [sábado] cerca das 14:00 [a mesma hora em Lisboa), numa emboscada efetuada por bandidos armados no departamento de Tillia. O balanço deste ataque cobarde é de 16 mortos, seis feridos e um desaparecido”, anunciou na televisão pública Ibrahim Miko, secretário-geral da região de Tahoua, sudoeste do país, onde decorreu o incidente.
“Choramos os nossos mortos, mas morreram de armas na mão”, declarou Miko, que assistia ao enterro do tenente Maman Namewa, comandante da unidade da patrulha atacada.
A região de Tahoua, vasta e desértica, situa-se a leste de Tillabéri, ambas próximas da fronteira com o Mali onde desde 2021 se regista uma intensa atividade de grupos ‘jihadistas’.
Esta zona fica próxima das designadas “três fronteiras” entre o Níger, Burkina Faso e Mali, regularmente atingidas por ataques, mas também tem sido flagelada pela ação dos grupos armados ‘jihadistas’.
Em 21 de março, as localidades de Intezayane, Bakorat, Woursanat e algumas outras povoações e acampamentos situados no departamento de Tillia, região de Tahoua, foram atacadas por homens armados que mataram 141 pessoas, segundo um balanço oficial.
Estes ataques foram os mais mortíferos dos últimos anos cometidos no Níger por presumíveis grupos ‘jihadistas’.
O Níger confronta-se no sudeste, junto à Nigéria, com os ataque do grupo ‘jihadistas’ Boko Haram, e na sua parte oeste, perto do Mali, com as ações de grupos que com alegadas ligações ao Estado Islâmico (EI) e à Al-Qaida.
Os ataques contra civis multiplicaram-se desde o início de 2020, com mais de 300 pessoas mortas em três séries de ataques contra aldeias e acampamentos no oeste do Níger.
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