O engenho explodiu à passagem de uma coluna de pessoal da ONU no Mali que percorria “o eixo Anefis - Gao", indicou um comunicado da Missão da Nações Unidas no Mali (Minusma).
Na nota informativa, a Minusma referiu que “o primeiro balanço” do incidente é de três mortos e cinco feridos graves.
O exército do Bangladesh confirmou, entretanto, que os elementos da missão de manutenção de paz, conhecidos como ‘capacetes azuis’, mortos e feridos neste incidente são das suas fileiras.
O ‘número dois’ da Minusma, Koen Davids, citado no mesmo comunicado, condenou o ataque e reiterou “fortemente o compromisso da missão junto do Governo do Mali e dos movimentos signatários nos esforços para aplicar o acordo de paz” de 2015.
No passado dia 05 de setembro, dois ‘capacetes azuis’ da Minusma foram mortos e outros dois ficaram gravemente feridos num ataque similar. Na altura, um engenho explodiu à passagem de uma coluna com materiais de logística na região nordeste do Mali.
Destacada desde 2013, a Minusma é a missão de manutenção de paz da ONU que já registou mais baixas desde a Somália (1993-1995), com mais de 80 ‘capacetes azuis’ mortos.
Entre março e abril de 2012, o norte do Mali caiu nas mãos de grupos extremistas com ligações à rede terrorista Al-Qaida.
A progressão no terreno destes grupos extremistas tem sido travada por uma operação militar internacional que foi lançada em janeiro de 2013, por iniciativa de França, e que ainda permanece no terreno.
No entanto, existem áreas inteiras do país que ainda estão fora do alcance das forças do Mali, das tropas francesas e da Minusma (um contingente que ronda os 12 mil operacionais), que são regularmente alvo de ataques.
Estes ataques têm ocorrido mesmo depois da assinatura em maio e junho de 2015 de um acordo de paz, destinado a isolar definitivamente os extremistas.
Desde 2015, os ataques alastraram-se para o centro e o sul do Mali, mas também para países vizinhos, nomeadamente Burkina Faso e Níger.
Portugal foi um dos países que destacou forças para integrar esta missão internacional militar no Mali, contando atualmente com dois elementos ao serviço das Nações Unidas.
A par desta missão, Portugal tem 10 militares no Mali ao serviço de uma força destacada pela União Europeia.
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