Ressalvando que “não existem conflitos de interesse fundamentais” entre as duas partes, Wang sublinhou a importância de manter “intercâmbios regulares” entre os dois países vizinhos.
“É essencial trabalhar em conjunto para preservar a intenção original dos laços diplomáticos, aderir à amizade e à cooperação e ultrapassar os obstáculos”, apontou o ministro, segundo um comunicado difundido no portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Wang sublinhou a necessidade de compreensão e respeito mútuos, de reforçar a comunicação e os intercâmbios e de eliminar os mal-entendidos para “construir a confiança” a nível bilateral.
O responsável instou a Coreia do Sul a respeitar o princípio ‘Uma só China’ e a “tratar com cautela as questões relacionadas com Taiwan”.
Referiu ainda que a China está a acelerar “o desenvolvimento de forças produtivas de nova qualidade”, o que “representa oportunidades importantes” para a Coreia do Sul.
Segundo a mesma nota, Cho Tae-yul manifestou esperança de que esta visita constitua um “passo significativo” nas relações entre a Coreia do Sul e a China.
O ministro sul-coreano dos Negócios Estrangeiros garantiu que o seu Governo “valoriza profundamente as suas relações com a China” e “aspira a trabalhar em estreita colaboração com o país vizinho para desenvolver uma parceria estratégica de cooperação mais saudável e mais madura, baseada no respeito mútuo, na reciprocidade e em interesses comuns”.
Os dois ministros trocaram igualmente pontos de vista sobre a cooperação trilateral entre a China, Japão e Coreia do Sul, bem como sobre a situação na península coreana e outras questões de interesse comum, reiterando o empenho na paz e na prosperidade regionais, referiu o comunicado.
Os laços bilaterais entre Seul e Pequim deterioraram-se nos últimos anos, com o embaixador da China na Coreia do Sul, Xing Haiming, a avisar o Governo de Yoon Suk-yeol que lamentaria se “apostasse na derrota da China” no contexto da rivalidade entre Pequim e Washington.
Após a tomada de posse em janeiro, Cho sublinhou a importância de manter uma “relação estável” com a China, o principal parceiro comercial da Coreia do Sul e um ator-chave em termos de diplomacia – agora inexistente – com a Coreia do Norte.
A presença de Cho na China poderá servir para apoiar a convocação daquela que seria a primeira cimeira trilateral entre a Coreia do Sul, a China e o Japão desde 2019.
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