Na mesma nota, o grupo informa que, “em reunião do Conselho de Administração da Sociedade, devidamente convocada e realizada no dia 2 de novembro de 2020 foi por unanimidade deliberado, para o preenchimento das vagas resultantes das renúncias apresentadas pelos senhores Vasco Maria Guimarães José de Mello, João Pedro Stilwell Rocha e Melo, João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho e Michael Gregory Allen, cooptar os senhores António de Magalhães Pires de Lima, Eduardo António da Costa Ramos, Marta Brugnini de Sousa Uva Martinha e Luís Eduardo Brito Freixial de Goes, para completarem o mandato atualmente em curso, que é o de 2018-2020”.

Nesse mesmo encontro, “António de Magalhães Pires de Lima, foi ainda designado presidente do Conselho de Administração”, sendo assim estas cooptações “objeto de ratificação”.

Vasco de Mello e vários vogais renunciaram no dia 13 de outubro aos cargos na empresa, no mesmo dia em que o consórcio liderado pela APG concluiu a aquisição de 81,1% do capital da Brisa Concessão Rodoviária.

O consórcio liderado pela APG concluiu a aquisição de 81,1% do capital da Brisa, e prevê investir 1,2 mil milhões de euros na empresa portuguesa, em 15 anos, segundo um comunicado divulgado no mesmo dia.

A conclusão do negócio resulta da "decisão de não oposição por parte do regulador europeu" a esta operação, de acordo com a mesma nota.

Os grupos envolvidos nesta operação recordaram que, "em 28 de abril de 2020, o consórcio que inclui a APG, o Serviço Nacional de Pensões da República da Coreia e a Swiss Life Asset Managers" celebrou "um acordo de aquisição de uma participação maioritária na Brisa -Auto-Estradas de Portugal, SA ao Grupo José de Mello e Arcus European Infrastructure Fund 1 LP gerido pela Arcus European Investment Manager LLP, operação que valoriza o ativo Brisa em mais de três mil milhões de euros", segundo o comunicado.

De acordo com Jan-Willem Ruisbroek, responsável pela Estratégia Global de Investimento em Infraestruturas da APG, citado na mesma nota, o "consórcio tem capital disponível para fazer o negócio crescer e espera investir mais de 1,2 mil milhões de euros, nos próximos 15 anos, na manutenção e melhoria da rede rodoviária e no desenvolvimento de novas soluções de mobilidade".

António Pires de Lima, por sua vez, garantiu que estaria "focado na criação de oportunidades que venham acrescentar valor" aos 'stakeholders' da concessionária, "incluindo o Estado português" e "os clientes, de acordo com as melhores práticas de ESG [Environment, Social and Governance]".

A Brisa é uma operadora europeia de estradas com portagem, com uma rede de mais de 1.500 quilómetros "que cobre o eixo fundamental do sistema rodoviário português", recordaram as empresas.