Em comunicado enviado à agência Lusa, a PJ esclarece que as detenções realizadas através da diretoria do Centro foram efetuadas no âmbito da operação “Miragem” e no cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo DIAP de Castelo Branco.
A PJ precisa no comunicado que na investigação em curso foi apurado que em setembro de 2020 e novembro de 2021, “este grupo criminoso, com diferentes configurações, recorrendo a ações do tipo paramilitar, planeou cuidadosamente e levou cabo dois roubos na zona de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, visando a apropriação de bitcoins, na posse de cidadãos estrangeiros residentes em Portugal”.
No ataque, a PJ explica que “os autores sequestraram cinco cidadãos que se encontravam a residir numa propriedade rural, obrigando um deles, sob ameaça de armas de fogo, a transferir dezenas de bitcoins, na altura com valor de mercado de cerca de três milhões de euros, para várias carteiras”.
No “segundo ataque” no qual “sequestraram cinco pessoas não lograram concretizar a transferência, conforme planearam”, revela a PJ.
A mesma fonte indica ainda que nas buscas realizadas nas zonas de Lisboa, Loulé, Portimão, Monsanto e Penamacor foram apreendidos, “entre outros elementos probatórios, equipamentos informáticos que se suspeita tenham sido utilizados para transacionar os bitcoins roubados”.
A PJ assinala que a investigação contou com a colaboração da EUROPOL e do Departamento de Investigação Criminal de Guarda, participando também na operação desencadeada elementos de outras unidades da Polícia Judiciária, nomeadamente da Unidade Nacional Contraterrorismo, da Diretoria do Sul e do Departamento de Investigação Criminal de Portimão.
Os detidos de nacionalidade estrangeira vão ser presentes às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório para aplicação das medidas de coação.
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