Fruto de meses de negociações e de um raro consenso entre senadores republicanos e democratas, o plano prevê 550 mil milhões de dólares em novos gastos federais em estradas, pontes, transportes, mas também em internet de alta velocidade e no combate às mudanças climáticas, sendo que depois de aprovado pelo Senado será enviado para a Câmara dos Representantes.
Com o acordo de 18 republicanos, incluindo o líder da bancada Mitch McConnell e 49 democratas, o Senado decidiu encerrar o debate sobre o projeto.
Esta votação processual exigiu 60 votos, mas é um passo decisivo, pois dá indicação sobre as fortes possibilidades de vir a ser aprovado por maioria simples (51 votos) no Senado.
Mas o texto ainda precisa de passar por uma etapa processual e pode haver novas votações no caso de emendas.
A votação final poderá ter lugar no início da semana ou ocorrer já neste fim de semana, pois as regras do Senado norte-americano permitem acelerar os trâmites processuais, desde que exista unanimidade.
Joe Biden considerou hoje na rede social Twitter que o projeto representa “um investimento histórico, que não pode deixar de ser concretizado”.
A adoção do projeto representaria uma vitória retumbante para o presidente democrata, que aposta na recuperação da economia e no combate aos estragos causados pela pandemia de Covid-19.
O ex-presidente republicano Donald Trump considerou hoje que o acordo no Senado é “uma vergonha”.
“Será muito difícil para mim apoiar alguém, estúpido o suficiente para votar neste acordo”, advertiu num comunicado.
Trump mantém a sua popularidade entre os eleitores republicanos, mas os legisladores republicanos que apoiam o projeto também sabem que estes investimentos são muito populares entre os eleitores, com Mitch McConnell a defender um “texto imperfeito”, mas que resulta de um “compromisso”.
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