“Já não vamos a tempo deste orçamento, mas queremos que fique em aberto a possibilidade de vir a ser contemplada nos orçamentos seguintes a contagem do tempo de serviço que agora nos retiraram”, disse à agência Lusa a presidente do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), Júlia Azevedo.

Para estes docentes, a questão das carreiras é a mais importante de momento, pelo que no dia 15 prometem “ir em força para a Assembleia da República”, numa iniciativa conjunta com os restantes sindicatos do setor, para uma concentração que decorrerá durante a discussão do orçamento da Educação no parlamento.

Os sindicatos têm contestado a proposta de Orçamento do Estado para 2018, alegando que o congelamento de carreiras durante nove anos e quatro meses não será contabilizado para efeitos de progressão profissional.

Em comunicado conjunto, as estruturas sindicais admitiam hoje realizar outras iniciativas para lutar por questões que têm estado na agenda dos professores, como a redefinição dos horários de trabalho, um regime de aposentação antecipada e um novo modelo de concursos.

Além do SIPE, subscreveram esta posição a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), a Pró-Ordem, o Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU), o Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (SINAPE), o Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), o Sindicato dos Professores e Educadores do Ensino Básico (SIPPEB) e o Sindicato dos Professores Licenciados pelas Universidades e Politécnicos (SPLIU), que constituíram a Frente Sindical de Docentes.