“É uma demonstração de que estamos prontos para responder às tentativas de desestabilizar as fronteiras do nosso país”, disse o ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak.
Varsóvia já tinha anunciado a 02 de julho o envio de mais 500 polícias para a fronteira com a Bielorrússia depois de detetar a presença de mercenários do grupo russo Wagner no país vizinho, no que interpretou como um indício de agravamento da instabilidade regional decorrente da guerra na Ucrânia.
O líder do partido Lei e Justiça do Governo polaco, Jaroslaw Kaczynski, acredita que Wagner poderá já ter 8.000 militares na Bielorrússia, no que considerou uma ameaça direta à fronteira polaca, sobretudo numa altura em que a Bielorrússia concordou com a implantação de armas nucleares táticas russas no seu território.
Os mercenários do Grupo Wagner, que supostamente se mudariam para a Bielorrússia após o fracasso da rebelião de 24 de junho ainda não compareceram na base disponibilizada pelas autoridades bielorrussas, declarou na sexta-feira o Ministério da Defesa de Minsk.
“Não, os grupos operacionais ainda não chegaram, não tomaram uma decisão, não analisaram nada. Quando o Grupo Wagner tomar a decisão final de se localizar na Bielorrússia, ou não, irá analisar “, disse à agência russa TASS o conselheiro do ministro da Defesa da Bielorrússia, major-general Leonid Kasinski.
O representante militar referia-se a um acampamento de tendas situado perto da cidade de Osipovichi, na região de Mogilev, na Bielorrússia, definida como “um acampamento de verão, construído em coordenação com as autoridades locais”.
“Este acampamento foi criado para preparar tanto os militares como os representantes da administração civil no quadro da criação de um sistema de defesa territorial”, explicou o militar bielorrusso.
Segundo Kasinski, este acampamento tem capacidade para abrigar cerca de 5.000 soldados e a sua localização também permite a colocação de equipamentos de combate”.
“Tudo depende da quantidade deste equipamento. É uma antiga cidadela militar. As infraestruturas foram preservadas, incluindo armazéns. Anteriormente, encontrava-se aqui uma brigada de artilharia”, esclareceu.
Apesar do fracasso do motim do Grupo Wagner, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, acordou com o líder dos mercenários, Yevgeny Prigozhin, que os militares se mudariam para a Bielorrússia.
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