Numa pergunta hoje dirigida ao ministro Matos Fernandes, a que a agência Lusa teve acesso, os deputados José Maria Cardoso, Nelson Peralta e Maria Manuel Rola explicam ter sido informados pela associação MOLIMA - Movimento para a Defesa do Rio Lima de que o ribeiro de Serdedelo (ou ribeiro de Crasto como também é denominado pela população local) foi alvo de descargas poluentes nos dias 15 e 16.
Segundo o partido, naqueles dias, as águas do ribeiro, que atravessam várias freguesias do concelho de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, "emanavam um cheiro nauseabundo" e "apresentavam coloração turva e clara, denotando a existência de diferentes focos poluidores".
"A poluição do ribeiro de Serdedelo põe em causa a integridade ecológica, a fauna, a flora e os valores ambientais daquele sistema ribeirinho, impedindo também a população local de usufruir plenamente do património natural da sua freguesia", sustentam.
Os deputados do BE defendem ser "necessário eliminar, definitivamente, os focos poluidores do ribeiro de Serdedelo, proceder à sua despoluição, recuperar plenamente os valores ambientais ali existentes e permitir a plena fruição de um ambiente aprazível, saudável e limpo à população local".
Os deputados querem saber se o Governo tem conhecimento destas descargas, e se o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), ou outras entidades competentes foram notificadas da sua ocorrência e quais os resultados.
Questionam ainda o Governo sobre as medidas que prevê adotar para evitar que se repitam as descargas poluentes no ribeiro de Serdedelo.
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