Portugal regista hoje 1.074 mortes relacionadas com a covid-19, mais 11 do que esta segunda-feira, e 25.702 infetados (mais 178), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção Geral da Saúde.
Em comparação com os dados de segunda-feira, em que se registavam 1.063 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1%. A taxa de letalidade situa-se nos 4,18% .
Entre os óbitos encontra-se o primeiro caso de um paciente com idade entre os 20 e os 29 anos, sendo o primeiro jovem com menos de 30 anos a falecer em Portugal.
Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, 545 vítimas mortais são mulheres e 529 são homens.
Das mortes registadas, 721 tinham mais de 80 anos, 216 tinham entre os 70 e os 79 anos, 93 entre os 60 e 69 anos, 33 entre 50 e 59, e 10 entre os 40 e os 49.
Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus (25.702), os dados da Direção Geral da Saúde (DGS) revelam que há mais 178 casos do que na segunda-feira (25.524), representando uma subida de 0,7%.
Do total de infetados, 15.208 são mulheres e 10.494 homens.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.343), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (4.276) e das pessoas com mais de 80 anos (4.045 casos).
Há ainda 3.615 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 2.994 entre os 20 e os 29 anos, 2.955 entre os 60 e 69 anos e 2.264 com idades entre 70 e 79 anos.
A DGS regista também 436 casos de crianças até aos nove anos e 774 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
O número de recuperações subiu de 1712 para 1743.
No total registaram-se até hoje 258.488 casos suspeitos, dos quais 230.115 não confirmados.
Segundo o boletim hoje divulgado, há ainda 2.671 casos a aguardar resultado laboratorial e 25.066 casos em contacto de vigilância.
Registam-se atualmente 818 casos de pessoas internadas, 134 das quais nos cuidados intensivos. Trata-se de um aumento do número de internados (5) e de uma redução de pacientes na UCI (menos 9).
A recuperar em casa estão 22.067 pessoas.
Os principais sintomas são febre (31%), tosse (43%), dificuldade respiratória (13%), cefaleia (20%), dores musculares (22%) e fraqueza generalizada (16%).
A região mais afetada é a do Norte com 15.199 casos confirmados e 613 óbitos, a região de Lisboa e Vale do Tejo com 6241 casos e 223 óbitos; a região Centro com 3489 casos confirmados e 211 óbitos, o Algarve com 335 casos e 13 óbitos; Alentejo com 220 casos e um óbito a registar. Nas regiões autónomas, registam-se 132 casos nos Açores e 13 óbitos, e 86 casos na Madeira sem óbitos a registar.
Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus (1.579), seguido por Vila Nova de Gaia (1.425), Porto (1.266), Matosinhos (1.149), Braga (1.113), Gondomar (1.009), Maia (871), Valongo (729), Guimarães (622), Sintra (627), Ovar (574) e Coimbra, com 508 casos.
Entre os casos importados, destacam-se os provenientes de Espanha (171), França (137), Reino Unido (88), dos Emirados Árabes Unidos (48), da Suíça (45), de Andorra (32), Brasil (30), de Itália (29) e dos EUA (24).
Novo coronavírus SARS-CoV-2
A Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A maioria das pessoas infetadas apresentam sintomas de infeção respiratória aguda ligeiros a moderados, sendo eles febre (com temperaturas superiores a 37,5ºC), tosse e dificuldade respiratória (falta de ar).
Em casos mais graves pode causar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Contudo, a maioria dos casos recupera sem sequelas. A doença pode durar até cinco semanas.
Considera-se atualmente uma pessoa curada quando apresentar dois testes diagnósticos consecutivos negativos. Os testes são realizados com intervalos de 2 a 4 dias, até haver resultados negativos. A duração depende de cada doente, do seu sistema imunitário e de haver ou não doenças crónicas associadas, que alteram o nível de risco.
A covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados.
Quando tossimos ou espirramos libertamos gotículas pelo nariz ou boca que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. Estas gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.
Estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 2 e 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.
Vários laboratórios no mundo procuram atualmente uma vacina ou tratamento para a covid-19, sendo que atualmente o tratamento para a infeção é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam.
Onde posso consultar informação oficial?
A DGS criou para o efeito vários sites onde concentra toda a informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e esclarecer dúvidas sobre a doença.
- https://covid19.min-saude.pt
- https://covid19.min-saude.pt/ponto-de-situacao-atual-em-portugal
- https://www.dgs.pt/em-destaque.aspx
Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas em Portugal - que incluem febre, dores no corpo e cansaço - deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-Geral da Saúde.
Comentários